Curtas feitos pelo celular?

TÍTULO: Filmografias

OBJETIVO: Este projeto tem como intenção o exercício da criatividade e senso crítico do aluno, através da filmagem e exibição de curtas-metragem utilizando o celular como instrumento didático. 

APRESENTAÇÃO: O projeto aqui proposto teve sua origem nas aulas de Metodologia Visual, onde a discussão sobre a utilização de novas tecnologias como instrumento didático foi sugerida como projeto de conclusão das aulas.

Meu trabalho propõe a confecção de filmes curta-metragem com o celular. A intenção é aplicar essa idéia em turmas onde os alunos tenham idade superior a 11 anos, tendo como tema “VIOLÊNCIA”.

METODOLOGIA: A aplicação do projeto se dará em quatro etapas. A primeira acontecerá dentro da sala de aula, com a proposta do projeto e a apresentação do tema. Os alunos deverão ser divididos em grupos e terão total liberdade para a execução do tema bem como o tipo de enfoque.

A segunda acontecerá fora da sala, como trabalho de casa, onde os alunos irão produzir seus filmes, com a ressalva de que o mesmo não deverá ultrapassar quinze minutos, e de acordo com as opções de cada celular, ser dividido em múltiplos “takes”.

A terceira  a entrega dos filmes em CD-ROM, esta etapa acontece uma semana depois da primeira.

A quarta etapa será a exibição dos filmes para os alunos da turma em que o projeto foi aplicado, nesse momento eles poderão avaliar suas produções e perceber os múltiplos enfoques sobre um mesmo assunto, promovendo assim uma discussão pertinente sobre a manipulação da informação na nossa sociedade e a questão dos valores passados por cada “autor” através de sua obra, provando que nenhuma obra é desvinculada de ideologia.

PROCESSO: Da idealização à aplicação do projeto foi um longo percurso. A primeira parte, que consistia na criação de uma forma de usar o aparelho celular como um meio didático, surgiu em pouquíssimo tempo, tendo em vista que já era de meu interesse o uso da função de filmagem contida nos novos aparelhos de celular.

Já na aplicação do projeto, que teria de acontecer no âmbito escolar, a recepção não foi das mais calorosas. Imaginei que propor o uso do celular como meio didático fosse causar certa estranheza, mas não pensei que a repulsa aconteceria de forma quase que automática.

Tentei propor a idéia em duas escolas municipais no bairro de Rocha Miranda, na zona norte do Rio, mas não obtive sucesso.

Destaco aqui algumas alegações feitas nas escolas:

"... Essa é uma escola que atende alunos que não tem um poder
aquisitivo para possuir aparelhos tão sofisticados."

"... Eles não têm maturidade suficiente para enfrentar tal projeto,
além do uso do celular não ser permitido nessa escola."

"... Isso só podemos fazer se a CRE autorizar."

Depois de tantos empecilhos, consegui uma escola para a aplicação do projeto. Isso graças à ajuda do diretor, Luciano Luz e da professora de educação artística Maria da Penha, ambos funcionários do Colégio Estadual Dom Walmor, que fica no município de Nova Iguaçu.

Com o tempo significativamente reduzido, além do advento do feriado prolongado só pude de fato ter contato com a turma na última semana de Novembro. Estive presente em três turmas da sexta série, no horário da noite, turmas estas que faziam parte do supletivo oferecido pelo Estado nessa escola. Em sala de aula, conversamos com as turmas e apresentamos o projeto, embora não dispuséssemos do tempo que gostaríamos, dissemos a eles tudo o que deveriam fazer. É importante dizer que antes de conversar com a turma a respeito desse trabalho, a professora e eu concordamos em agilizar parte do processo, fazendo que os alunos ao invés de entregarem um CD contendo o vídeo, eles postassem no site YOU TUBE, após isso enviassem o link com o endereço do seu vídeo, assim poderíamos depois divulgar os vídeos entre eles com um e-mail resposta contendo todos os links.

Aluno: Alex Araujo da Silva