Frederic Boilet é a referência

24/11/2008 15:59

A partir do projeto de implementação do celular como ferramenta didática, proposto aos alunos de Licenciatura da Escola de Belas Artes - UFRJ pela professora Andrea Phebo, da cadeira de Metodologia Visual, criamos um projeto de aula de desenho para propor aos alunos da cadeira de História em Quadrinho, da UFRJ.

 

Tomando como referência o trabalho do artista Frederic Boilet, os alunos deverão fazer um ensaio fotográfico do trajeto diário à faculdade, utilizando como ferramenta a câmera embutida no aparelho celular. Tendo as fotografias como base, produzir um storyboard, utilizando os conceitos estudados de perspectiva, composição de cenário e plano-seqüência. O material para execução deve ser da escolha do próprio aluno, de forma que possa utilizar o que tenha mais familiaridade, deixando livre o processo criativo.

 

Utilizando uma base de referência, os alunos têm acesso a obras de grandes artistas contemporâneos, não só como expectadores, mas como atuantes, criando em cima do trabalho já realizado pelos artistas apresentados.

Frédéric Boilet é um dos casos raros de autores ocidentais bem-sucedidos no mercado de quadrinhos do Japão. É o precursor e principal nome da Nouvelle Manga.

Ecoando o termo Nouvelle Vague, criado pela vanguarda do cinema Francês nos anos 1960, um grupo de autores lançou em Tóquio, um dos movimentos mais inovadores dos quadrinhos contemporâneos. Reunindo a experimentação narrativa dos mangás japoneses, a ousadia dos quadrinhos franco-belgas e a atmosfera intimista do cinema Frances de Godard e Truffaut.

A obra de Frédéric Boilet é um misto de fotografia e desenhos, lápis com tinta nanquim, metalinguagem, entre outros. Utiliza técnicas de planos-seqüência e câmera subjetiva.

O celular, como aparelho individual, consegue passar pela fotografia a visão singular de primeira-pessoa, o objetivo de Frédéric Boilet com a câmera subjetiva.

Considerando o contexto social da cidade do Rio de Janeiro, a utilização das câmeras de celular – atualmente comuns e de fácil acesso – facilita a execução do trabalho, pela discrição e praticidade de fotografar na rua, entre as pessoas.

 

Desenhos extraídos do livro O Espinafre de Yukiko de  Frédéric Boilet, CONRAD EDITORA DO BRASIL, 2005 

 

Alunos: Barbara Chacel Coimbra; Harijan Dias; Rafael Romero

 

 

Pesquisar no site

imagens do livro de Boilet

24/11/2008 16:41

O Espinafre de Yukiko