O uso do celular como ferramenta facilitadora no estudo da Geometria Descritiva

02/12/2008 15:04

Projeto piloto - metodologia de ensino no estudo da geometria descritiva através de fotos de celular - Simulação mongeana – épura - montagem

 

PALAVRAS CHAVE: CELULAR, CONTEXTUALIZAÇÃO, INTERAÇÃO, AFETIVIDADE, ERA DO CONHECIMENTO.

 

1 - O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA FACILITADORA NO ESTUDO DA GEOMETRIA DESCRITIVA

 

2 - APRESENTAÇÃO

Através deste projeto piloto é apresentada a proposta de uma nova metodologia de ensino no estudo da geometria descritiva, por meio de fotografia tirada por celular,simulando as três projeções ortográficas do sistema mongeano, montadas em épura produzida pelo photoshop.

Neste processo participaram 15 estudantes entre ensino médio e universitário, que possuem a disciplina geometria descritiva em seus currículos de ensino, contribuindo com a própria produção de 3 fotos que simulam as projeções relativas aos três planos de projeção do sistema descritivo. Foi usado como objeto um pertence de estimação do quarto de cada estudante.

Esses estudantes enviaram suas colaborações por e-mail via computador ou celular, para os executores desse projeto, a fim de ser analisada a coerência entre as fotos dentro da proposta pedida. Foram utilizadas também nessa elaboração outras tecnologias como câmera digital, computador, softwers (photoshop, corel draw, slide show, etc), além da comunicação verbal, presencial ou não.

 

3 - JUSTIFICATIVA

Nosso formato de escola atual é do século passado, onde o projeto político pedagógico era voltado para uma homogeneidade. Hoje, na era da informação do mundo globalizado e heterogeneidade cultural o apelo visual é de enorme importância - cenário de consumismo, em que os estudantes se tornaram reféns da falta de reflexão sobre o que realmente é importante e útil a vida de cada um. (a mídia não é culpada, culpados somos nós que não discernimos, refletimos e sabemos escolher o que vemos e ouvimos na mídia)

É necessário que o estudante saiba usar a informação e a tecnologia a seu favor, e não contra si mesmo. Há uma necessidade emergente do ensino se adaptar à nossa época; focando seus projetos pedagógicos para temas que hoje ainda são chamados de paralelos, a multicultura.

Mesmo em escolas e universidades providas de aparatos tecnológicos como laboratórios de informática; data-show; retroprojetor e etc.,muitas vezes não são disponibilizados à demanda necessária. Nesses momentos, diga-se que até em classes desfavorecidas, uma porcentagem relevante de estudantes possuem celulares com diversos recursos multimídia que podem ser utilizados como ferramenta facilitadora no processo ensino-aprendizagem da geometria descritiva. Há pouco foram criadas leis que proíbem o uso de celular nas escolas. Será que ao invés de reprimir o uso indesejado de celular na sala de aula, como educadores, não estamos perdendo uma poderosa mídia de fácil acesso, que pode captar o interesse do estudante para novas experimentações em prol de sua cognição ampliada, num contexto em que se sente inserido e confortável para criar empatia com o objeto de estudo,

Não esqueçamos que estas gerações atuais são os nativos da era do conhecimento e da informação, que como imigrantes devemos, procurar qualificarmo-nos para esta nova era. O professor hoje precisa quebrar o paradigma do passado e se posicionar com um intermediador entre o conhecimento e o estudante. Ele não é mais o detentor do conhecimento que transmite os saberes. A informação esta presente de forma até excessiva. Os meios tecnológicos permitem uma interação dinamizada, veloz e otimizada, porém qual o nosso papel? Devemos ser detentores sim, dessas mesmas mídias que estão nos quartos desses estudantes, seduzindo seus interesses, para que possamos usá-las em favor da construção de cidadãos realmente preparados para assumirem seus papéis nessa sociedade caótica que aí está, sem saber fazer uso da informação para a melhor qualidade de vida de si mesmos e do planeta.

A LDB/96 destaca a educação básica tecnológica como um dos itens relevantes para o acesso do conhecimento e exercício da cidadania.

 

A tecnologia porém, não deve ser usada como foco no processo ensino-aprendizagem, ela deve ser usada como uma ferramenta facilitadora com objetivo e metodologia certos, visando o construir do conhecimento.

A experimentação se dá através da interação envolvendo os sentidos, e contextualizada se trabalha a afetividade, ingrediente fundamental da educação.

 

4 - OBJETIVO

Através do uso do celular como ferramenta contextualizada e contextualizante o estudante ampliará o seu processo de construção do aprendizado da geometria descritiva, facilitando a compreensão do raciocínio tridimensional e bidimensional.

Observar no seu cotidiano, através da manipulação de seus objetos pessoais a aplicabilidade do raciocínio espacial.

 

 

5- METODOLOGIA

Foi proposta a cada estudante a tarefa de fotografar com seu celular um objeto de estimação, de seu quarto, em três posições diferentes do observador, de acordo com as vistas ortográficas do sistema mongeano. Para aquele aluno que não possuía celular com câmera poderia usar a câmera digital. Essas fotos então foram montadas na simulação de uma épura, utilizando-se de softwers para a conclusão desses trabalhos.

 

 

6 - CONCLUSÃO

Através da discussão das experiências vivenciadas e da coleta de depoimentos, pudemos comprovar a facilitação da compreensão das projeções ortogonais do sistema mongeano, simuladas através de fotografia tiradas por celular de objetos de estimação, em seus respectivos fundos simulados também como os planos de projeção. A montagem das fotos numa épura possibilitou a esses alunos uma outra possibilidade de tornar possível a visualização das projeções.

 

Aluna: DIVA FERNANDES TERÇO COHEN

CO-AUTOR: RODOLFO TAVARES

 

 

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:

PROFA. DIRCÉIA MACHADO GONÇALVES

AOS PARTICIPANTES COLABORADORES DESTE TRABALHO.

UNIVERCIDADE - MANGUEIRA 

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